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80 Anos de História nos Céus: O Legado do 'Senta a Púa!' - O Mais Antigo Esquadrão de Caça da FAB

Foto do escritor: Murillo PetryMurillo Petry

O 1º Grupo de Aviação de Caça, também conhecido como Esquadrão Jambock, é uma das unidades mais proeminentes da Força Aérea Brasileira (FAB), celebrando 80 anos de história nesta segunda-feira (18). Sua fama está intimamente ligada à atuação durante a Segunda Guerra Mundial, quando lutaram na Itália entre 1944 e o final do conflito europeu em maio de 1945.


A trajetória do Jambock se entrelaça com a própria história da FAB, estabelecida dois anos antes, em meio ao calor da guerra. Fundado em dezembro de 1943, o esquadrão passou por treinamento no Panamá com caças Curtiss P-40 antes de partir para a Itália. Foi durante a viagem para o Velho Continente que adotaram o grito de guerra "Senta a Púa!" e criaram o distintivo que se tornou símbolo da unidade e da força aérea até os dias de hoje.



Apesar de sua participação relativamente breve, a contribuição do Senta a Púa não foi insignificante. Voaram 445 missões de guerra, perderam dezesseis caças P-47 e nove pilotos, sendo cinco em combate e quatro em acidentes. Dos 11 pilotos abatidos que sobreviveram, cinco foram capturados, três saltaram em zona aliada e três se esconderam até o fim do conflito.


Subordinados a um grupo de caça da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos (USAAF), os brasileiros se destacaram pela bravura e astúcia no combate, sendo responsáveis pela destruição e interdição de diversos alvos terrestres no Teatro de Operações do Mediterrâneo.


O reconhecimento pelas ações do 1º GAvCa veio dos norte-americanos, que os recomendaram para a Presidential Unit Citation, uma das poucas unidades estrangeiras a receber tal condecoração. O orgulho pela marca é evidente no esquadrão, seja nos uniformes dos pilotos ou na cauda dos caças F-5 Tiger II.



Após a guerra, os veteranos do Grupo foram fundamentais no desenvolvimento e implantação da aviação de caça no Brasil. Em 1953, tornaram-se o primeiro esquadrão do país a operar aviões a jato, com os Gloster Meteor, e posteriormente com o TF-33 em 1968.


Entre 1972 e 1975, operaram o AT-26 Xavante, até a chegada do F-5, usado até hoje em sua versão modernizada. Atualmente, os militares do 1º Grupo de Aviação de Caça continuam a cumprir sua missão, preservando a história daqueles que os precederam e aguardando a chegada do novo caça da FAB, o Saab F-39 Gripen.


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