O Yak-141 foi um caça supersônico VTOL/STOVL (decolagem e pouso vertical/curta) projetado pela União Soviética nos anos 1980, desenvolvido pela Yakovlev. Ele apresentava uma configuração de motor inovadora, utilizando um único motor turbofan R-79V-300 para a propulsão principal, além de dois motores menores localizados atrás da cabine para ajudar nas manobras de
decolagem e pouso verticais. Essa configuração permitiu ao Yak-141 realizar decolagens curtas e pousos verticais, algo considerado um grande feito tecnológico na época.
Muitas vezes chamado de "pai do F-35B", o Yak-141 influenciou profundamente o design e a tecnologia desse caça de quinta geração. Com o colapso da União Soviética, a Yakovlev enfrentou dificuldades financeiras e buscou parcerias para garantir sua sobrevivência. Nos anos 1990, a Lockheed Martin se associou à Yakovlev em um acordo que incluía a troca de conhecimentos técnicos. Durante essa parceria, a empresa americana teve acesso a dados e à experiência relacionados à tecnologia de propulsão vertical do Yak-141. Essa colaboração permitiu à Lockheed Martin encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados no desenvolvimento do F-35B, aplicando conceitos testados anteriormente no caça soviético.
O Yak-141 representou um avanço significativo na aviação militar, sendo um dos primeiros aviões VTOL supersônicos. Embora nunca tenha chegado à produção em larga escala, seu design serviu de base para futuras aeronaves de decolagem e pouso vertical. Muitos aspectos de sua engenharia foram incorporados, aprimorados e modernizados no F-35B, tornando-o um "sucessor indireto" da tecnologia desenvolvida no Yak-141.
O projeto foi cancelado por diversos motivos, incluindo acidentes durante os testes, problemas técnicos não resolvidos, a crise econômica causada pelo fim da União Soviética, além de mudanças nas prioridades militares da Rússia. Mesmo assim, o Yak-141 permanece uma referência no desenvolvimento de aeronaves VTOL/STOVL e deixou um legado significativo para a aviação moderna.
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